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Brasil

Animais raros fora das áreas preservadas

As 700 unidades de conservação da Mata Atlântica estão longe de ser suficientes para evitar o desaparecimento de espécies de animais e plantas muitas vezes exclusivas (endêmicas). Biólogos da Universidade Federal de Minas Gerais e da Conservação Internacional examinaram quão protegidas estão 105 das 110 espécies de mamíferos, aves, anfíbios e répteis endêmicos da Mata Atlântica que integram a Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas. Compararam as áreas de distribuição das espécies com a localização das unidades de conservação e concluíram: 54 espécies estão totalmente desprotegidas. Há 14 com 50% de risco de desaparecer em dez anos, como o macaco-prego-do-peito-amarelo (Cebus xanthosternos) e o muriqui-do-norte (Brachyteles hypoxanthus); 39 estão sob proteção parcial, como o papagaio-de-cara-roxa (Amazona brasiliensis) e o mico-leão-da-cara-preta (Leonthopitecus caissara); e só 12 estão protegidas. A sobrevivência dessas espécies depende da preservação de áreas como a serra do Mar fluminense, as serras do Espírito Santo, o sul da Bahia e os remanescentes florestais entre Alagoas e Pernambuco.

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