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Mundo

Plástico inteligente muda forma com a luz

Imagine uma flor que se abre quando recebe a luz do sol. Em um trabalho que imita essa sensibilidade, engenheiros do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), nos Estados Unidos, e pesquisadores do Instituto de Tecnologia e Desenvolvimento de Equipamentos Médicos, da Alemanha, criaram o primeiro plástico que pode ser deformado e fixado temporariamente em uma forma por meio de um foco luminoso. Esses materiais programáveis trocam de forma quando atingidos por certa luz, em determinado comprimento de onda, e voltam à forma original quando atingidos pela luz em outro comprimento de onda. A descoberta, relatada pela Nature, na edição de 14 de abril, poderá ter potencial de aplicação em vários campos, incluindo cirurgias minimamente invasivas. Nesse caso, por exemplo, um médico poderá colocar um fio de plástico dentro do corpo através de uma pequena incisão. Quando ativado por meio de uma sonda de fibra óptica, este fino fio poderá se transformar em um dispositivo com formato de saca-rolha para manter as veias abertas. Plásticos com “memória de forma” – aqueles que mudam a forma em resposta a um aumento na temperatura – são bem conhecidos. Em 2001, Robert Langer, professor do MIT, e Andreas Lendlein, ex-pesquisador visitante do MIT, apresentaram uma primeira versão desse material biodegradável na Proceedings of the National Academy of Sciences. Eles também são autores do presente estudo em parceria com os alemães. “Agora, em vez do calor, nós podemos induzir o efeito memória de forma em polímeros com luz”, disse Lendlein. A chave do trabalho é o interruptor molecular, ou um grupo molecular fotossensível que é enxertado dentro de uma rede polimérica.

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