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Mundo

Os pais e a TV dos filhos

Pais e mães sabem que a televisão não é a melhor babá do mundo e que os programas para crianças não são lá essas coisas, mas raramente limitam o tempo e o conteúdo do que os filhos veêm. Uma equipe de pediatras do Centro Médico da Universidade Batista Wake Forest chegou a essa conclusão após entrevistar 1.800 pais com crianças de 2 a 11 anos nos Estados Unidos, no Canadá e em Porto Rico. A maioria (59%) contou que adotava uma estratégia eclética, às vezes restringindo o que os filhos viam na mídia eletrônica – TV,videogames ou jogos de computador -, outras vezes questionando o teor dos programas ou mesmo deixando as crianças verem ou fazerem o que quisessem. Os outros pais adotavam apenas uma dessas abordagens: 23% deles só restringiam o que os filhos viam, 11% se valiam de estilos instrutivos, recomendando programas melhores, e 7% não limitavam a liberdade de escolha dos pimpolhos. Esse estudo também mostrou que 72% dos pais se preocupam com o uso da mídia eletrônica e confirmaram que quanto mais atentos aos efeitos negativos da mídia mais motivados se sentem para limitar ou discutir o conteúdo dos programas de TV com os filhos. O número de pais em casa também determina o enfoque a ser adotado: o acesso ilimitado à TV ou ao videogame mostrou-se mais comum nas casas em que havia apenas o pai ou a mãe. “Os pediatras deveriam orientar os pais para se envolverem mais no modo como suas crianças usam a mídia eletrônica”, comentou Shari Barkin, coordenadora do estudo. Os programas de TV e os jogos eletrônicos foram associados a agressão, medo, distúrbios de sono, obesidade e perda de concentração.

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