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Brasil

A batalha que não terminou

A aprovação da Lei de Biossegurança, três meses atrás, não arrefeceu os ânimos entre vencedores e derrotados na batalha dos transgênicos. O Ministério do Meio Ambiente e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) contestaram a decisão do presidente da Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio), Jorge Almeida Guimarães, de permitir a importação de seis variedades de milho transgênico para ração animal. A liberação não inclui as variedades resistentes a insetos da Syngenta e da Monsanto, além de milho tolerante a herbicida da Bayer, principais alvos de críticas de ambientalistas. Para a CTNBio, órgão técnico que recuperou poderes com a nova lei, não há indicação de que os grãos liberados tenham efeitos deletérios quando usados em ração animal. Mas, em todo caso, foram determinados cuidados no desembarque, transporte, processamento e descarte dos grãos. Para o ministério e a Anvisa, faltam análises de risco ambiental e não foram tomados cuidados suficientes para evitar a contaminação de alimentos para consumo humano. O veredicto final caberá ao Conselho Nacional de Biossegurança, criado pela nova lei, cuja composição é política. Presidido pelo chefe da Casa Civil, José Dirceu, o conselho tem a participação de 11 ministros.

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