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Mundo

Geleiras menores a cada inverno

Nunca as geleiras do oceano Ártico encolheram tanto. Em agosto, imagens de satélite mostram uma redução na cobertura de gelo do hemisfério Norte 18% superior à média para esta época do ano. A expectativa era que em setembro a cobertura de gelo oceânico  na região, cerca de 7 milhões de quilômetros quadrados, atingisse valores próximos ao mínimo já registrado: 5,2 milhões de quilômetros quadrados, segundo Mark Serreze, do Centro de Informações sobre Gelo e Neve, nos Estados Unidos (The Independent, 16 de setembro). Para Serreze, esse é um sinal de que o gelo oceânico do Ártico está derretendo mais rapidamente do que consegue se reconstituir no inverno. Se os dados se confirmarem, o clima no hemisfério Norte pode ter atingido uma fase de aquecimento irreversível que deve acelerar ainda mais a perda de gelo oceânico e das geleiras, responsável pelo equilíbrio climático no planeta nos últimos milhares de anos. Seria o início de um círculo vicioso de aquecimento e mais perda de gelo. Os efeitos mais imediatos seriam alagamento de regiões costeiras, além de tempestades e furacões mais intensos como o Katrina e o Rita, que castigaram recentemente os Estados Unidos.

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