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Radiologia

Comparação Brasil e Austrália

Bons exemplos do outro lado do mundo, se trazidos para o Brasil, poderão aumentar a segurança dos pacientes, sem prejuízo da qualidade dos exames radiológicos mais comuns. O trabalho “Estudo comparativo das técnicas radiográficas e doses entre o Brasil e a Austrália”, de autoria de Ana Cecília Pedrosa de Azevedo, da Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca da Fundação Oswaldo Cruz, e colaboradores, comparou técnicas radiográficas em uso nos dois países. No total, quatro tipos de exames foram avaliados: o de tórax, de abdome, de pelve e de coluna torácica em três projeções: ântero-posterior, póstero-anterior e lateral. Na Austrália, todos os equipamentos são digitais, enquanto no Brasil, os aparelhos são convencionais. Os valores médios de entrada na pele do radiofármaco e da dose efetiva desses medicamentos foram consideravelmente mais altos no Brasil do que na Austrália. A única exceção foi detectada nos exames de tórax, mais baixos aqui. As maiores diferenças encontradas foram para os exames de pelve (26 vezes maior no Brasil) e de coluna torácica (43 vezes maior no Brasil). Nos hospitais australianos, os programas de controle e garantia de qualidade fazem parte da rotina nos serviços de radiologia. Contam com equipamentos digitais de última geração e os serviços possuem uma equipe de física médica atuante. Esse conjunto de iniciativas resulta na produção de imagens radiográficas de alta qualidade, com baixas doses e índices de rejeição próximos a zero. Tais resultados apontam para a necessidade de se estimular a implantação de ações semelhantes em toda a rede hospitalar brasileira. No entanto, analisando os resultados dos exames de tórax, concluímos que doses baixas também são possíveis no Brasil se forem empregadas técnicas radiográficas adequadas.

Radiologia Brasileira – VOL. 38 – Nº 5 – São Paulo – SET./OUT. 2005

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