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Tecnologia

O futuro da dermatologia

O artigo “Teledermatologia: Passado, presente e futuro”, de Hélio Miot, Maurício Paixão e Chao Lung Wen, pesquisadores da disciplina de Telemedicina da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), apresenta um panorama geral dessa área do conhecimento no Brasil. “A Teledermatologia apresenta forte potencial de levar planejamento de saúde, pesquisa, educação, discussão clínica, segunda opinião e assistência dermatológica às populações com dificuldades de deslocamento para ações presenciais”, acreditam os autores. O estudo mostra que a redução de custos e a difusão das tecnologias de telecomunicação e informática têm viabilizado a implantação de sistemas de teledermatologia de larga abrangência para apoio à prática clínica em todo o mundo. O desejo de ampliar a cobertura assistencial, educar e emitir opiniões sem a necessidade da presença física dos pacientes é antigo. “O emprego de modelos de educação por fitas cassete, videoaulas ou opiniões emitidas a partir de fotografias tem sido comum na prática dermatológica, favorecendo a assimilação dos processos educacionais ou de avaliação clínica mediada por tecnologia”, registra o artigo. Especialidades como a radiologia, patologia, dermatologia, cardiologia e psiquiatria têm representado as áreas de maior demanda desses programas. A facilidade do envio de dados clínicos, tanto como texto, imagens fotográficas digitais, som ou pequenos vídeos digitais, contribuiu significativamente para essa realidade. “A efetiva aplicação da teledermatologia permite a ampliação da cobertura dermatológica especializada, redução do tempo de espera pelas interconsultas, triagem prévia das doenças, promoção e coordenação de projetos em saúde coletiva de grande escala, além da realização de protocolos de pesquisa multicêntricos”, concluem os autores.

Anais Brasileiros de Dermatologia – VOL.80 – Nº5 – Rio de Janeiro – SET./OUT.-  2005

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