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Mundo

Muçulmanos contra a estagnação

Um plano estratégico para os próximos dez anos, destinado à promoção da ciência e da tecnologia no mundo muçulmano, foi assinado por autoridades de 57 países islâmicos num encontro realizado em Meca, na Arábia Saudita, no início de dezembro. O objetivo central é aumentar o investimento em pesquisa para reduzir o fosso tecnológico entre boa parte das nações islâmicas e o mundo desenvolvido. O documento define várias metas. Propõe, por exemplo, que até 2015 pelo menos 30% dos jovens entre 18 e 24 anos tenham oportunidade de ingressar numa universidade. Também estabelece que os países islâmicos farão esforços para, em dez anos, investir em ciência e inovação o equivalente a pelo menos 1,2% do PIB. Para atingir tais objetivos é preciso dinheiro. O documento sugere que as nações produtoras de petróleo aproveitem a alta dos preços do produto para canalizar um quinhão dos lucros para a pesquisa. “É preciso romper a estagnação na ciência do mundo islâmico que já dura séculos”, disse o presidente do Paquistão, Pervez Musharraf. O documento foi construído nos últimos dois anos por um grupo de autoridades e cientistas.  Cada país comprometeu-se em preparar um plano regional. “É um marco na busca dos países islâmicos para  aperfeiçoar seus recursos humanos”, disse ao site SciDev.Net Wardiman Djojonegoro, ex-ministro da Educação da Indonésia.

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