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Esporte

Natação para a reabilitação

Conhecer os efeitos da natação sobre habilidades funcionais de pacientes com lesão medular é o objetivo do artigo “Efeitos da natação sobre a independência funcional de pacientes com lesão medular”, de Maurício Real da Silva, da Rede de Hospitais de Reabilitação Sarah Centro, em Brasília, Ricardo Jacó de Oliveira, Universidade Católica de Brasília (UCB), e Maria Inês Conceição, da Universidade de Brasília (UnB). Entre os benefícios relatados na literatura sobre o treinamento de atletas com lesão medular, estão: melhora do consumo de oxigênio, ganho de capacidade aeróbica, redução do risco de doenças cardiovasculares e de infecções respiratórias, diminuição na incidência de complicações médicas, redução de hospitalizações, favorecimento da independência, melhora da auto-imagem, diminuição na probabilidade de distúrbios psicológicos e aumento da expectativa de vida. “A natação para pessoas portadoras de deficiência tem sido definida como a capacidade do indivíduo de dominar o elemento água, deslocando-se de forma segura e independente, sob e sobre a água, utilizando-se de sua capacidade funcional residual e respeitando suas limitações”, define o artigo. O estudo envolveu 16 pacientes portadores de lesão medular, divididos em dois grupos: experimental e controle. Os grupos foram avaliados por meio da Medida de Independência Funcional, antes e após o procedimento que consistiu em sessões de natação realizadas duas vezes por semana durante quatro meses. “Os dois grupos apresentaram mudanças nos cuidados com o corpo”, garantem os pesquisadores. A atividade de natação trouxe benefícios motores sobre as habilidades funcionais dos participantes. O novo paradigma reabilitador, explicam os pesquisadores, há muito preconiza o esporte terapêutico, muito embora observe-se, na prática, que a valorização da categoria profissional do professor de educação física hospitalar vem surgindo apenas embrionariamente no rol de profissionais que compõem uma verdadeira equipe interdisciplinar de reabilitação.

Revista Brasileira de Medicina do Esporte – VOL.11 – Nº4 – Niterói – JUL./AGO. 2005

 

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