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Brasil

Fazendo rima com a ciência

“E lá estava Oswaldo Cruz/ entre a febre e a espada/ que para ele apontada/ sem dúvida fazia jus/ àquela falta de luz/ que a imprensa semeara/ entre a gente que gritara/ seu não à vacinação/ que por decreto de então/ obrigatória se tornara…”, dizem os versos do cordelista Edmilson Santini, natural de Belas Águas, Pernambuco. Intitulado Oswaldo Cruz, entre a febre e a espada, o cordel narra a Revolta da Vacina de 1904. Esse e outras dezenas deles, que abordam descobertas científicas, assuntos médicos ou a vida de grandes pesquisadores brasileiros e estrangeiros, foram compilados no livro Cordel e ciência – A ciência em versos populares (Vieira e Lent Casa Editorial), organizado por Luisa Massarani e Carla Almeida, do Museu da Vida da Fundação Oswaldo Cruz, e Ildeu de Castro Moreira, professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro. O objetivo do livro foi registrar as alusões à ciência de uma das formas mais populares de comunicação da cultura brasileira. Toda a literatura reunida no livro é de autoria de cinco cordelistas nordestinos.

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