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Tecnociência

Parasita resistente

Uma má notícia no combate à malária remete à necessidade de novos medicamentos para essa doença tropical. Uma equipe de cientistas da França, do Senegal e do Camboja descobriu que o protozoário causador da doença, o plasmódio, está se tornando resistente a medicamentos derivados da artemisinina, princípio ativo extraído da planta artemísia (veja Pesquisa Fapesp n° 118). Essas drogas são uma das mais eficazes no combate ao mal. A resistência foi detectada em testes em amostras de sangue de 530 pacientes na Guiana Francesa, no Senegal e no Camboja. Só não foram encontrados parasitas resistentes à artemísia no sangue dos cambojanos. O estudo, publicado na revista médica The Lancet, em dezembro, sugere que o uso descontrolado da droga pode ter criado condições favoráveis para o surgimento da resistência. O medicamento passou a ser empregado depois que o parasita desenvolveu resistência à cloroquina, uma das drogas mais usadas para tratar a doença. “Quarenta anos separaram a primeira descrição de resistência à cloroquina. Ainda há tempo para evitar que a resistência se alastre se usarmos os compostos de artemisinina cuidadosamente”, afirmou Ronan Jambou, coordenador da pesquisa no Instituto Pasteur em Dacar, no Senegal, à revista eletrônica SciDev.Net.

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