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Tecnociência

Tempos difíceis, mas nem tanto

De repente elas se põem a chorar sem razão aparente. Ou xingam e batem sem justificativa à altura. Para quem está por perto – e para as próprias mulheres, claro – a tensão pré-menstrual (TPM) pode ser um tormento. Mas pode haver algum exagero na intensidade das alterações físicas e emocionais. Quatro pesquisadoras da Universidade Federal de Pelotas, no Rio Grande do Sul, mostraram que a TPM é bastante comum, sim, mas não tanto quanto as mulheres afirmam. A equipe de Denise Petrucci Gigante entrevistou 1.096 moradoras de Pelotas com idades entre 15 e 49 anos, de todos os níveis econômicos e culturais, e verificou que 60% afirmavam sofrer mensalmente com os incômodos da TPM. Mas só 25% preenchiam os critérios médicos que definem a TPM –  ter ao menos cinco sintomas, sendo ao menos um deles tristeza, raiva, nervosismo ou irritabilidade em intensidade capaz de afetar as atividades do dia-a-dia. “Estamos fazendo outros estudos para descobrir por que esse problema é mais comum entre as mulheres mais jovens, brancas e com maior grau de instrução”, diz Celene Longo da Silva, uma das autoras do estudo publicado este mês na Revista de Saúde Pública.

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