Imprimir PDF Republicar

Cardiologia

Resistência à aspirina

Uma metanálise de estudos clínicos de pacientes com doen­ça cardiovascular demonstrou que o uso de aspirina estava associado à redução de 22% de mortes e a eventos vasculares isquêmicos relevantes. Entretanto, estudos clínicos revelaram que pacientes tomando regularmente aspirina apresentavam recorrência de eventos cardiovasculares. Tal constatação levou a um questionamento: se, em alguns pacientes, a aspirina não era eficaz em bloquear a agregação plaquetária, sendo estes pacientes chamados de não responsivos ou resistentes à aspirina. Conceitua-se resistência clínica à aspirina pela ocorrência de eventos cardiovasculares em pacientes na vigência de tratamento com aspirina, enquanto a resistência laboratorial é definida como a persistência da agregação plaquetária, documentada por teste laboratorial, em pacientes tomando regularmente aspirina. Pacientes resistentes à aspirina tiveram, de acordo com testes laboratoriais, em média, 3,8 vezes mais eventos cardiovasculares quando comparados aos não resistentes. A pesquisa está relatada no artigo “Resistência à aspirina: realidade ou ficção?”, de Dinaldo Cavalcanti de Oliveira, Rogerio Ferreira Silva, Diego Jantsk Silva, do Hospital do Coração, e Valter Correia de Lima, do Hospital São Paulo da Universidade Federal de São Paulo.

Arquivos Brasileiros de Cardiologia – vol. 95 – nº 3 – São Paulo – set. 2010

Link para o artigo

Republicar