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Química

Degradação de compostos tóxicos

Em vista da eficiência comprovada da biorremediação na degradação de compostos tóxicos ao ser humano, como o benzeno, tolueno, etilbenzeno e xilenos (BTEX), diversas empresas, principalmente as relacionadas com consultorias e remediação ambiental, têm despertado grandes interesses pela implantação dessa técnica como opção para a reabilitação de áreas contaminadas. De modo geral, a biorremediação baseia-se na degradação bioquímica dos contaminantes por meio da atividade de microrganismos presentes ou adicionados no local de contaminação. Em países como os Estados Unidos, Canadá e alguns da Europa, a técnica bioquímica de remediação vem sendo amplamente utilizada em trabalhos que se baseiam, por exemplo, no tratamento de solos contaminados por hidrocarbonetos de petróleo. No Brasil, porém, os projetos de biorremediação ainda estão no campo da teoria, com poucos casos práticos, embora exista uma probabilidade real de expansão. A esse despeito, uma das maiores pertinências da revisão “Biorremediação de solos contaminados por petróleo e seus derivados”, de Juliano de Almeida Andrade, Fabio Augusto e Isabel Cristina Sales Fontes Jardim, da Universidade Estadual de Campinas, é elucidar as vantagens que essa técnica pode oferecer quando é utilizada para a degradação de compostos, como os BTEX, em solos tipicamente brasileiros, cujas características físico-químicas contribuem, em muito, para a degradação desses contaminantes. Nessa conjuntura, pesquisas revelam que os fatores ambientais (como teores de umidade e oxigênio) e a disponibilidade de nutrientes nos solos, além das condições climáticas do Brasil, são bastante adequadas para o emprego da técnica. Isso pode trazer, como vantagens, ótima relação custo-benefício e maior eficiência na degradação de compostos tóxicos e recalcitrantes ante a maioria das técnicas convencionais de remediação.

Eclética Química – vol. 35 – nº 3 – São Paulo – set. 2010

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