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Mudança climática

Efeitos na cultura do arroz

Emílio da Maia de Castro / EmbrapaA partir da Revolução Industrial houve um aumento da emissão de gases de efeito estufa na atmosfera terrestre, como o dióxido de carbono (CO2), o que poderá levar a um aumento na temperatura global até o final do século XXI. O efeito direto do incremento na concentração de CO2 nas plantas é a possibilidade de aumento da taxa de crescimento e produtividade das culturas, uma vez que o CO2 é o substrato para  a fotossíntese. Se o aumento da concentração de CO2 for acompanhado de aumento da temperatura do ar, poderá haver encurtamento do ciclo e aumento da respiração do tecido vegetal, reduzindo ou anulando os efeitos benéficos do CO2. No entanto, a resposta aos aumentos na concentração de CO2 e temperatura do ar varia de acordo com a cultura considerada. Assim, o objetivo desta revisão foi reunir informações da resposta ecofisiológica da cultura do arroz (foto), um dos três cereais mais produzidos e consumidos pela população mundial, à mudança climática. Plantas com metabolismo C3, como o arroz, são mais beneficiadas pelo aumento da concentração de CO2 atmosférico do que plantas com metabolismo C4. Altas temperaturas diurnas e noturnas podem reduzir drasticamente o potencial produtivo da cultura do arroz devido ao encurtamento do ciclo da cultura e à esterilidade de espiguetas. Essa tendência pode ser mitigada com a seleção de genótipos mais resistentes às condições de alta temperatura do ar durante o florescimento, bem como a alteração da época de semeadura. O estudo está descrito no artigo “Mudança climática e seus efeitos na cultura do arroz”, de Lidiane Cristine Walter, Nereu Augusto Streck, Hamilton Telles Rosa, Cleusa Adriane Menegassi Bianchi Krüger, da Universidade Federal de Santa Maria.

Ciência Rural – vol. 40 – nº 11 – Santa Maria – nov. 2010

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