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Plantas no mosteiro

Plantas exóticas no mosteiro

Hans Hillewaert / Wikimedia CommonsFel-da-terra: nativa de PortugalHans Hillewaert / Wikimedia Commons

A análise de seis códices intitulados “livros de receitas de medicamentos” adotados pela enfermaria e farmácia do Mosteiro de São Bento no Rio de Janeiro mostra que 152 espécies e variedades distintas de plantas medicinais eram usadas nos tratamentos ministrados aos doentes da instituição religiosa durante boa parte do século XIX (Acta Botanica Brasilica). Apenas 16% das plantas usadas nos remédios eram nativas do Brasil e 84% eram exóticas, oriundas basicamente da Europa. Os livros registram as práticas médicas do mosteiro em quatro períodos, entre os anos de 1837 e 1839 e as décadas de 1840, 1860 e 1880. Nas formulações estudadas foram encontrados 150 nomes populares de vegetais, dos quais só 12 não puderam ser identificados na literatura científica. Em alguns casos, o nome popular da planta podia remeter a mais de uma espécie descrita por botânicos. O trabalho foi feito por equipes de duas universidades fluminenses (Federal do Rio de Janeiro e Santa Úrsula) e da Universidade Federal Rural de Pernambuco.

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