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Boas práticas

Novos estímulos à ética na pesquisa

daniel buenoUm evento que reuniu pesquisadores brasileiros para discutir ética na ciência divulgou um documento com recomendações para estimular boas práticas em universidades e instituições de pesquisa do país. As recomendações do II Encontro Brasileiro de Integridade em Pesquisa, Ética na Ciência e em Publicações (Brispe, na sigla em inglês), que aconteceu entre 28 de maio e 1º de junho em Porto Alegre, Rio de Janeiro e São Paulo, abordam temas como o plágio e a necessidade de investir na competência linguística dos pesquisadores.

Uma das sugestões é que as instituições divulguem em seus sites oficiais orientações e materiais didáticos sobre integridade científica e conduta responsável em pesquisa – e sugere a adoção de documentos de referência para produzir esses textos. Um deles é o Código de boas práticas científicas lançado pela FAPESP em setembro de 2011, um conjunto de diretrizes éticas para a atividade profissional dos pesquisadores que recebem bolsas e auxílios da Fundação.

Outros documentos sugeridos são a Declaração de Cingapura sobre Integridade em Pesquisa, um guia global para a condução responsável de pesquisas proposto pela II Conferência Mundial sobre Integridade em Pesquisa e as Diretivas para a Integridade da Pesquisa do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico 
e Tecnológico (CNPq).

“As recomendações nesta declaração conjunta foram feitas pelos membros de um grupo de trabalho do II Brispe e discutidas antes, durante e após a sessão de políticas internacionais para integridade na pesquisa”, explica Sonia Vasconcelos, uma das coordenadoras do evento. 
O documento propõe que as instituições incluam diretrizes sobre integridade científica em suas estratégias para promover a excelência em pesquisa. Também sugere esforços para informar os alunos, do ensino fundamental ao universitário, de que o plágio em monografias, dissertações e teses é violação acadêmica e prática 
ilegal no Brasil.

Constam ainda na declaração o incentivo à participação de alunos 
e professores em reuniões nacionais e internacionais e/ou cursos sobre integridade científica e condutas responsáveis, e a oferta de oportunidades para que eles  possam desenvolver competências linguísticas internacionais para a comunicação da ciência e seus resultados. Por fim, o documento sugere atividades que disseminem o papel da ética em publicações científicas e difundam parâmetros para declarar a autoria de artigos em trabalhos colaborativos.

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