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Perigo nos hospitais

Perigo nos hospitais

Catarina BessellHá uma epidemia de infecção hospitalar no Brasil. Mais grave: 40% das pessoas contaminadas morreram (a taxa é de 27% nos Estados Unidos). Resultado de um estudo brasileiro que analisou 2.563 casos de infecções detectados em 16 hospitais do país entre 2007 e 2010, esse índice representa quase mil mortes no período (Journal of Clinical Microbiology, abril 2011). Quase todos os casos (96%) foram provocados por uma única espécie de bactéria, identificada a partir do sangue coletado no momento da infecção. Os patógenos mais comuns são as bactérias Staphylococcus aureus (14% das infecções), Staphylococcus coagulase (13%), Klebsiella (12%) e espécies do gênero Acinetobacter (11%). Metade dos casos ocorreu nas unidades de terapia intensiva, segundo o estudo, coordenado por Alexandre Marra, pesquisador do Hospital Albert Einstein e da Universidade Federal de São Paulo. O uso de cateter venoso central, tubo inserido em vasos sanguíneos do pescoço ou do tórax, aumentou muito o risco de infecção. Outra conclusão: os medicamentos para combater esses microrganismos estão menos eficientes. De um terço a metade das bactérias era resistente a antibióticos.

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