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Tecnociência

Inflamação de volta ao coração

Anos atrás, pesquisas nos Estados Unidos mostraram que as pessoas que haviam suspendido o tratamento com estatinas apresentavam risco de morte maior quando chegavam ao hospital na fase aguda do infarto do miocárdio. Não se sabia por quê. Por serem as estatinas as drogas mais receitadas no mundo para controlar o colesterol em pessoas com risco de doenças cardiovasculares, uma equipe do Grupo do Estudo do Coração da Universidade de Brasília saiu atrás de explicações. Por meio de um estudo com 249 pessoas que tomavam ou não estatinas antes, durante ou depois do infarto, os pesquisadores mostraram que esse efeito se deve pelo menos em parte ao chamado rebote inflamatório – o reaparecimento dos processos inflamatórios que contribuíram para o infarto – causado pela suspensão da medicação. “Esse efeito não é observado em pacientes crônicos, que mantêm o uso de estatinas”, disse Andrei Sposito, coordenador do estudo detalhado em junho na revista Atherosclerosis.

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