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Parceria

Articulação com a África

ilu1.tiflaurabeatrizO programa Biota-FAPESP poderá articular-se com BioTA África (sigla de Biodiversity Monitoring Transect Analysis), que reúne pesquisadores de vários países africanos. A aproximação foi discutida por Carlos Alfredo Joly, professor da Unicamp e coordenador do Biota-FAPESP entre 2000 e 2004, ao participar do Congresso Internacional de Biodiversidade na África, realizado de 29 de setembro a 3 de outubro na Cidade do Cabo, na África do Sul. “Há aspectos muito interessantes no programa africano que talvez possamos incorporar ao Biota-FAPESP”, disse. Um deles, segundo Joly, é o uso de observatórios permanentes, que permitiria o acompanhamento de mudanças em longo prazo na biodiversidade. “Isso já vem sendo feito em alguns projetos do Biota-FAPESP, mas precisaria ser ampliado”, diz Joly. Outro aspecto interessante é o Programa Paraecologistas, por meio do qual jovens recebem uma espécie de bolsa para acompanhar os impactos das atividades econômicas locais. Já os africanos ficaram impressionados com o protocolo uniforme de coleta de dados do Biota-FAPESP e com o SinBiota (Sistema de Informação Ambiental do Programa Biota), pois não dispõem de recursos desse tipo. O professor da Unicamp se reuniu com representantes do Ministério do Meio Ambiente de Angola para a discussão de uma parceria específica com o BioTA África. “A idéia é atuarmos juntos para a formação de recursos humanos para pesquisa em caracterização, conservação e uso sustentável da biodiversidade de Angola. O que poderia ser feito, por exemplo, por meio de uma parceria com a Universidade Agostinho Neto, a principal do país”, explicou. Joly também iniciou conversas sobre a possibilidade de montar um projeto em colaboração com a Politécnica da Namíbia para trabalhar na área de ecofisiologia de plantas no país.

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