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Ciência do solo

Lodo de esgoto

O uso do solo nem sempre dá lugar a um novo sistema ecológico sustentável, seja de lavouras, seja de pastagens. Com isso, solos utilizados intensamente e de forma inadequada são levados à degradação. Nesse sentido, o trabalho Uso de lodo de esgoto na reestruturação de solo degradado, de Fabiana da Silva de Campos e Marlene Cristina Alves, da Universidade Estadual Paulista, teve como objetivo estudar a influência do lodo de esgoto na recuperação de propriedades físicas de um latossolo vermelho degradado, cultivado há 2,5 anos com eucalipto (Eucalyptus citriodora Hook) e braquiária (Brachiaria decumbens) no município de Selvíria (MS). O delineamento experimental utilizado foi em blocos casualizados com seis tratamentos e quatro repetições. Os tratamentos foram: (1) vegetação de Cerrado; (2) solo exposto sem tratamento para recuperação; (3) solo cultivado com eucalipto e braquiária sem uso do lodo de esgoto e adubação mineral; (4) solo cultivado com eucalipto e braquiária com adubação mineral; (5) solo cultivado com eucalipto e braquiária com uso de 30 Mg ha-1 de lodo de esgoto; e (6) solo cultivado com eucalipto e braquiária com uso de 60 Mg ha-1 de lodo de esgoto. Nas camadas do solo de 0,00-0,05; 0,05-0,10; 0,10-0,20; e 0,20-0,30 m, foram estudadas as propriedades físicas do solo: macroporosidade, microporosidade; porosidade; e densidade do solo. Na braquiária foram avaliadas as matérias verde e seca e, no eucalipto, a altura média de planta e o diâmetro à altura do peito. Concluiu-se que o solo estudado está sendo recuperado por meio dos tratamentos estabelecidos. Dentre eles, destacam-se os tratamentos com a utilização do lodo, que influenciaram as propriedades físicas do solo, proporcionaram mais rendimentos de matérias verde e seca da braquiária e promoveram maior crescimento das plantas de eucalipto. O crescimento vegetal, a densidade do solo, a porosidade total e a macroporosidade foram os melhores indicadores da recuperação do solo.

Revista Brasileira de Ciência do Solo – v. 32 – nº 4 – Viçosa – jul./ago. 2008

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