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BOAS PRÁTICAS

Punição atenuada

O bioquímico norte-americano Phillippe Bois, que foi considerado culpado por má conduta científica em 2011 e perdeu o direito de pedir verbas federais para pesquisa por três anos, recorreu à Justiça e conseguiu reduzir o rigor da punição que recebeu do Escritório de Integridade Científica dos Estados Unidos (ORI, na sigla em inglês). Segundo investigação do órgão, Bois publicou uma imagem falsificada num artigo no Journal of Cell Biology e divulgou informações adulteradas num paper no Molecular and Cell Biology.

Ele argumentou que foram erros involuntários, não fraude. Depois de ser punido, pediu uma audiência no Departamento de Saúde. Mas, como não apresentou fatos novos, a audiência foi negada. Recorreu à Justiça e obteve uma decisão que lhe garantia uma nova chance de se defender. As duas partes conversaram e chegaram a um acordo. Bois comprometeu-se a não recorrer contra o resultado da investigação do ORI. E a punição foi amenizada. Ele pode voltar a pedir recursos federais para projetos, mas, se o fizer, sua instituição terá de certificar que os dados são legítimos. Seu trabalho será supervisionado pelos próximos três anos.“Estou feliz por poder levar minha carreira adiante”, afirmou Bois, num comunicado. Segundo ele, o acordo sinaliza que a punição era severa demais e poderia não se sustentar na Justiça.

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