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Pinhão-manso

Genética do pinhão-manso

Flores da Jatropha curcas: sistema misto de reprodução

Eduardo BressanFlores da Jatropha curcas: sistema misto de reproduçãoEduardo Bressan

Grande promessa de matéria-prima para a produção de biodiesel, por apresentar elevado potencial de rendimento de óleo em suas sementes, o cultivo do pinhão-manso (Jatropha curcas) não obteve o sucesso esperado em lavouras do Brasil, Índia e China, os maiores produtores. Além da falta de informações agronômicas, outra questão é a baixa diversidade genética da planta, o que dificulta a seleção de sementes e uma melhor produtividade. Essa característica foi explorada por pesquisadores do Centro de Energia Nuclear na Agricultura (Cena) da Universidade de São Paulo (USP) e da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). “Por meio de marcadores genéticos mostramos que o pinhão-manso apresenta um sistema misto de reprodução, combinando autofecundações, apomixia, de forma assexuada e sem troca de pólen, resultando em sementes idênticas à mãe, e o cruzamento de indivíduos aparentados, fatores que podem explicar a pequena diversidade genética da planta”, diz o pós-doutorando Eduardo Bressan, do Cena, que se doutorou com bolsa da FAPESP sob a orientação do professor Antônio Figueira. “Com o sistema misto de reprodução e os acasalamentos correlacionados, a coleta de sementes de polinização aberta para fins de melhoramento deve ser conduzida em um grande número de plantas, para garantir uma amostra que represente os genes a serem transferidos e recombinados para formar as gerações futuras”, diz Bressan. O estudo que confirmou o sistema de reprodução do pinhão-manso e gerou conhecimento para programas de melhoramento genético da cultura foi publicado na edição de agosto da revista científica Tree Genetics & Genomes.

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