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Boas práticas

Os custos da retratação

Segundo estudo de um pesquisador da Universidade de Washington, cada artigo científico em biomedicina que teve a publicação cancelada por má conduta nos últimos anos causou um prejuízo de US$ 390 mil. A estimativa se refere ao desperdício de recursos públicos investidos nas pesquisas que deram origem aos papers retratados. O microbiologista Ferric Fang chegou a esse valor depois de analisar 149 artigos, retratados por fabricação ou falsificação de dados entre 1992 e 2012, cujos autores haviam recebido financiamento dos Institutos Nacionais de Saúde (NIH), dos Estados Unidos. Constatou que os NIH haviam investido US$ 58 milhões nas pesquisas fraudadas, menos de 0,01% de seu orçamento no período, ou US$ 390 mil por artigo. O trabalho foi publicado na revista on-line eLife.

O problema, adverte Fang, vai além do desperdício de recursos. Também representam prejuízos importantes o dano para a carreira dos pesquisadores envolvidos (que em alguns casos atinge inclusive quem não agiu de má-fé), os custos institucionais de investigar suspeitas de fraude e a perda de tempo de outros cientistas que tentam, em vão, reproduzir as experiências.

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