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Reorganização

Reforma na academia

Abertura do congresso de 2014 da Academia Chinesa de Ciências, realizado em junho em Beijing

Pang Xinglei/Xinhua Press / CorbisAbertura do congresso de 2014 da Academia Chinesa de Ciências, realizado em junho em BeijingPang Xinglei/Xinhua Press / Corbis

A Academia Chinesa de Ciências (CAS) passa por uma reforma cujo objetivo é estimular colaborações e aumentar o impacto de sua pesquisa. A entidade reúne 102 institutos, tem um orçamento de US$ 6,8 bilhões e emprega 60 mil pessoas. Ressente-se, contudo, de oferecer salários pouco competitivos e da fragmentação de esforços –  é comum que pesquisadores de diferentes institutos trabalhem em temas afins sem saber da existência uns dos outros. “Será a maior reforma da nossa história”, disse à revista Nature Chunli Bai, presidente da CAS. O trabalho dos pesquisadores será reorganizado a partir de quatro estratégias. A primeira prevê a criação de 20 centros de excelência em ciência básica. Um exemplo: foram selecionados 40 pesquisadores de 11 institutos para trabalhar com pesquisas avançadas em neurociência – um dos alvos é desenvolver um novo modelo animal em estudos sobre doenças neurodegenerativas. A segunda busca impulsionar pesquisas com potencial comercial, como o desenvolvimento de microssatélites e de medicamentos. A terceira vai articular o trabalho de grandes facilities – uma fonte de luz síncrotron e um centro de estudo de proteínas, ambos em Xangai, serão interligados. A quarta estratégia, ainda embrionária, pretende apoiar o desenvolvimento regional. A remuneração dos pesquisadores também será modificada, com a ampliação do salário fixo e a redução da dependência de recursos de agências de fomento, que chegam a responder por 70% dos vencimentos.

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