Imprimir PDF Republicar

Carreiras

Laços da internacionalização

RedEmprendia apoia o aprendizado e o intercâmbio de empreendedores em países ibero-americanos

daniel buenoReunindo 24 universidades em sete países ibero-americanos, a RedEmprendia apoia a formação e a internacionalização de empresas nascentes no meio acadêmico. Surgida na Espanha com patrocínio financeiro do Banco Santander, a rede fornece bolsas de intercâmbio em outros países para novos empreendedores. “Apoiamos empresas spin-off [formadas na academia] que tenham plano de negócio baseado em um projeto de pesquisa realizado na universidade ou start-ups [pequenas empresas iniciantes] de base tecnológica originadas ou apoiadas pelos programas de empreendedorismo universitário”, diz Senén Barro, presidente da RedEmprendia, que veio ao Brasil para o lançamento do livro La transferencia de I+D – La innovación y el emprendimiento en las universidades (ver nota na página 11). “Nossa relação é direta com escritórios de transferência tecnológica ou agências de inovação. As instituições de ensino resolvem se há empreendedores habilitados aos nossos programas. Depois da nossa aprovação, elas transferem as bolsas”, explica Senén. Os países participantes da rede são Brasil, Espanha, Portugal, México, Argentina, Colômbia e Chile. As universidades brasileiras participantes são a de São Paulo (USP), a estadual de Campinas (Unicamp) e a Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).

As bolsas dentro do programa BoosterWE da RedEmprendia são para o empreendedor que ainda não montou a empresa, mas tem um plano de negócio. A bolsa, de € 3 mil a € 4 mil, paga viagem e estadia para um período de dois a três meses em empresas de outro país ibero-americano do setor e interesse do beneficiário.“A empresa de destino é escolhida por nós, onde ele possa aprender a parte administrativa, comercial e desenvolver sua tecnologia.” Um dos brasileiros participantes foi Thierry Marcondes, engenheiro mecânico com graduação na Unicamp que ficou três meses na Continental Automotive no México, em 2013. Ele desenvolveu um sistema para análise do etanol e da gasolina que identifica combustíveis adulterados. “A experiência foi muito boa, conheci outros ecossistemas, culturas e tive contato com pessoas que no futuro podem ser parceiros estratégicos e tecnológicos”, diz Thierry.

“Por ano, desde 2012, são destinadas 50 bolsas no BoosterWE”, diz Senén, que é físico e foi reitor da Universidade de Santiago de Compostela, na Espanha, entre 2002 e 2010. Outro programa da RedEmprendia, chamado Landing, oferece apoio para spin-offs, start-ups e empreendedores com mais de um ano de atividade que queiram ter mobilidade internacional ou ainda encontrar sócios para atividades locais. “Nesse caso, o empreendedor escolhido, sempre com ligação à universidade, recebe uma bolsa e o apoio de uma incubadora ou parque tecnológico em outro país da rede em período que vai de uma semana a alguns meses. No Landing não temos número fixo de bolsas, apoiamos aqueles que têm bons planos de negócio.” A rede tem mais de € 1 milhão por ano para investir nas suas atividades. A cada dois anos, ela promove um evento em um país diferente, chamado de Spin (em 2016 será na Espanha), aberto a todos empreendedores ligados às universidades que queiram mostrar suas ideias e buscar capital de risco. Mais informações aqui.

Republicar