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Impacto

Asteroide eliminou organismos marinhos

Desenho de plesiossauro, lagarto marinho extinto há 66 milhões de anos

Wikimedia CommonsDesenho de plesiossauro, lagarto marinho extinto há 66 milhões de anosWikimedia Commons

Foi uma tragédia monumental. O asteroide de estimados 10 quilômetros (km) de diâmetro que caiu na península do México há 66 milhões de anos, além de matar os dinossauros, pode ter favorecido uma intensa proliferação de algas que teria contribuído para uma extinção em massa de organismos marinhos (Journal of Geophysical Research, dezembro de 2015). Pesquisadores da Universidade Purdue, Estados Unidos, concluíram que o impacto do asteroide, após abrir uma cratera de 180 km de diâmetro e 20 km de profundidade, liberou uma quantidade imensa de partículas incandescentes de rochas que, além de queimar plantas e animais, liberaram óxido de nitrogênio. Simulações computacionais indicaram que essas substâncias poderiam formar nuvens e cair na forma de chuva ácida. Por sua vez, a chuva ácida poderia aumentar os níveis de nitrato nos oceanos e favorecer a multiplicação de algas, que teria reduzido os níveis de oxigênio da água e produzido toxinas letais para invertebrados, peixes, plantas e outros habitantes do mar. Essa hipótese, segundo os pesquisadores, explicaria a extinção de lagartos gigantes aquáticos conhecidos como plesiossauros. Estima-se que 75% das formas de vida tenham desaparecido após o impacto do asteroide.

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