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Ambiente

Menos ozônio sobre os trópicos

NASA Ozone Watch A camada de ozônio sobre a Antártida (mancha azul na área pontilhada) aumentou 20% desde 2005NASA Ozone Watch

Por meio de medições de satélite, pesquisadores da agência espacial norte-americana (Nasa) obtiveram evidências de uma recuperação de 20% na camada de ozônio sobre a Antártida em 2016, em comparação com 2005. É uma consequência da aplicação do Protocolo de Montreal, que em 1987 proibiu a emissão de clorofluorcarbonos (CFCs), compostos que prejudicam a formação de ozônio na alta atmosfera (Geophysical Research Letters, 4 de janeiro). Apesar desse avanço, a camada de ozônio não está se recuperando em baixas latitudes, entre 60 graus Norte, que corta a região central do Canadá, e 60 graus Sul, entre a América do Sul e a Antártida, segundo outro estudo, feito por pesquisadores da Europa, dos Estados Unidos e do Canadá (Atmospheric Chemistry and Physics, 6 de fevereiro). “O potencial de danos em baixas latitudes pode ser maior que nos polos, porque a radiação ultravioleta é mais intensa e mais pessoas vivem nessas regiões”, disse em um comunicado Joanna Haigh, pesquisadora do Imperial College London e coautora do trabalho. Ainda não há explicações para a redução da camada de ozônio em baixas latitudes. Uma possibilidade é que uma mudança no padrão de circulação atmosférica estaria reduzindo o ozônio nas camadas baixas da atmosfera entre os trópicos e as regiões de média latitude. A camada de ozônio filtra a radiação ultravioleta do Sol e protege plantas, animais e seres humanos de danos no DNA.

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