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Ciência política

Campanhas não mudam a opinião dos eleitores

Campanhas eleitorais projetadas para disseminar informações sobre o comportamento de políticos não influenciam a opinião dos eleitores. A conclusão resulta da análise de dados obtidos em experimentos feitos em vários países, entre eles o Brasil. Sob coordenação do cientista político Thad Dunning, da Universidade da Califórnia em Berkeley, Estados Unidos, equipes espalhadas pelo mundo selecionaram eleitores dois meses antes das votações em seus países e lhes aplicaram um questionário para saber a opinião sobre os políticos. Em seguida, organizaram campanhas de divulgação com panfletos, mensagens de texto ou vídeos com informações sobre assuntos relacionados aos candidatos ou a seus partidos. As campanhas em Benin, na África, focaram no comportamento de integrantes do legislativo; no Brasil, nas irregularidades em gastos municipais; em Burkina Faso, na qualidade dos serviços públicos; e, no México, na prevaricação do governo municipal. Havia duas hipóteses. A primeira era a de que a disseminação de informações positivas aumentaria o apoio aos políticos. A segunda, a de que a propagação de informações negativas faria o inverso. O efeito de ambos os tipos de informação sobre a opinião dos eleitores foi, porém, inócuo (Science Advances, 3 de julho).

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