
Agora se sabe que as células da glia podem liberar neurotransmissores – moléculas que regulam a atividade dos neurônios, como o glutamato e a serotonina –, desfazendo a ideia de que apenas os neurônios poderiam liberar neurotransmissores. Estudos mais recentes indicaram que as células da glia têm importante papel na transmissão da dor, principalmente na dor neuropática.
Geralmente arredondadas, as células da glia não possuem axônios e são 10 vezes mais frequentes que os neurônios. Seu formato lembra estrelas. Quando estão ativadas, essas células parecem mais brilhantes e mais reativas.
Em alguns processos fisiológicos, as células da glia podem ser tão ou mais importantes que os neurônios. Estudos mais conclusivos poderão elucidar melhor o envolvimento da glia na manutenção de processos dolorosos.
Especialista consultado
Marucia Chacur, pesquisadora do Laboratório de Neuroanatomia Funcional da Dor do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo