Uma placa com circuito eletrônico impresso permite analisar o processo de cicatrização da pele e avaliar a necessidade de prescrição ou não de medicamentos e o seu efeito. O dispositivo é flexível e transparente, o que facilita a sua aplicação no local do ferimento. O principal uso deverá ser no atendimento a pacientes que ficam acamados por longos períodos e desenvolvem úlceras de pressão. “O dispositivo permite detectar feridas antes mesmo de aparecerem na pele”, diz Felippe Pavinatto, do Instituto de Física de São Carlos da Universidade de São Paulo, que participou do projeto desenvolvido na Universidade da Califórnia em Berkeley e São Francisco durante o seu pós-doutorado com bolsa da FAPESP. O equipamento consegue captar a mudança no perfil elétrico da pele degradada (medida por uma técnica chamada impedância) e faz um mapeamento do seu estado de saúde. A pesquisa tinha como objetivo inicial desenvolver um sensor para monitorar a cicatrização de feridas crônicas e o efeito do uso de medicamentos.“No decorrer do trabalho encontramos outro uso para o sensor”, relata Pavinatto, um dos autores do artigo científico que descreve o dispositivo, publicado em 17 de março na Nature Communications.
Republicar