O Alpha Delphini, primeiro barco oceanográfico inteiramente construído no Brasil, inicia neste mês sua primeira expedição científica no litoral de Pernambuco, entre a ilha de Itamaracá e o arquipélago de Fernando de Noronha. A embarcação, que foi construída para aumentar a capacidade de pesquisa em oceanografia no estado de São Paulo, integra um projeto do Instituto Oceanográfico da Universidade de São Paulo (IO-USP), no âmbito do Programa Equipamentos Multiusuários (EMU) da FAPESP. O custo total do Alpha Delphini foi de R$ 5,5 milhões e o programa EMU-FAPESP destinou R$ 4 milhões – o restante foi financiado pela USP.
“O Alpha Delphini é uma embarcação oceanográfica com as características ideais para a maioria das instituições de pesquisa do Brasil, porque é um barco de porte médio, com um custo relativamente baixo, se comparado aos navios oceanográficos, e com condições de permitir estudos na plataforma continental para os quais há uma demanda muito grande”, disse Michel Michaelovitch de Mahiques, diretor do IO-USP, à Agência FAPESP. A autonomia de navegação do Alpha Delphini é de 10 a 15 dias, dependendo do número de tripulantes, e ele poderá operar em toda a faixa de 200 milhas marítimas da fronteira litorânea. Em maio do ano passado, o navio oceanográfico de pesquisa Alpha Crucis também começou a operar.
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