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Mundo

Combate à malária em três fronts

Numa das maiores doações privadas de que já se teve notícia, o fundador da Microsoft, Bill Gates, anunciou a destinação de US$ 258,3 milhões (cerca de R$ 570 milhões) para pesquisa sobre a malária. A verba, distribuída pela fundação filantrópica Bill e Melinda Gates, será dividida em três partes. A maior delas, de US$ 107,6 milhões, caberá aos estágios finais do desenvolvimento de uma vacina contra a malária, que vem sendo testada em Moçambique pelo médico espanhol Pedro Alonso. Outros US$ 100 milhões serão destinados ao projeto Medicines for Malaria Venture (MMV), que pesquisa novos medicamentos contra a doença. “Nosso objetivo é produzir uma variedade de remédios que custam U$ 1 ou menos por pessoa tratada”, afirmou Chris Hentschel, do MMV. Os restantes US$ 50,7 milhões serão investidos na Malaria R&D Alliance, que desenvolve novos inseticidas e métodos de controle de mosquitos. Tais pesquisas estão a cargo da Escola Britânica de Medicina Tropical de Liverpool. “Milhões de crianças já morreram de malária porque elas não têm a proteção de uma rede ao redor da cama ou porque não receberam o tratamento adequado”, justificou Bill Gates. Ele advertiu, contudo, que sua doação terá efeitos limitados no controle da doença. Estima-se que, para reduzir à metade o número de infectados nos próximos cinco anos, seria necessário investir anualmente US$ 3,2 bilhões, o mesmo também para diminuir em 50% até 2010 o número de mortes causadas pela malária.

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