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botânica

A bromélia fora dos padrões

Krenakanthus ribeiranus, de Minas Gerais, tem folhas peludas

Julio César Ribeiro

Uma nova espécie de bromélia desafia a imagem que se tem dessas plantas: folhas pontudas, meio rígidas, brilhantes, organizadas em uma roseta que acumula água. Krenakanthus ribeiranus não é nada disso. “Além de ser uma planta que eu nunca tinha visto na região, as folhas peludas, como as do capim, chamaram a minha atenção, além das flores saindo no meio das folhas”, conta Júlio César Ribeiro, em comunicado da Agência Bori. Morador do Vale do Rio Doce, em Minas Gerais, ele não é pesquisador e localizou a novidade enquanto explorava a mata e foi atraído por uma pequena flor cor-de-rosa em um paredão rochoso. “Essa planta é tão diferente que, quando recebemos a foto enviada pelo Júlio, achamos que ela pudesse ser de várias outras espécies, menos uma bromélia”, relatou o botânico Dayvid Couto, do Instituto Nacional da Mata Atlântica (Inma), integrante do grupo que descreveu a nova espécie. O gênero, que contém apenas uma outra espécie, significa flor dos Krenak, povo indígena da região. K. ribeiranus, que também homenageia seu descobridor, já entra para os anais científicos classificada como ameaçada de extinção (Phytotaxa, 5 de outubro).

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