Se a internet falhar ou a energia elétrica cair nos próximos meses, talvez não seja culpa exclusiva das operadoras ou dos eventos climáticos extremos. O responsável pode estar a quase 150 milhões de quilômetros da Terra. O Sol deverá atingir um pico de atividade, o chamado máximo solar, entre janeiro e outubro de 2024, de acordo com a Administração Oceânica e Atmosférica Nacional (Noaa) dos Estados Unidos. Caracterizado pela maior frequência e intensidade das manchas solares visíveis na superfície da estrela mais próxima da Terra, esse fenômeno, que se repete aproximadamente a cada 11 anos, deverá ocorrer um ano antes e ser mais forte e longo do que previsto em 2019. Em 1989, por causa de intensas explosões solares, os moradores de Quebec, no Canadá, ficaram às escuras por cerca de 12 horas. As partículas energéticas redirecionadas para os polos da Terra e colidindo com os átomos de oxigênio e nitrogênio da atmosfera também geram as belíssimas auroras boreais no hemisfério Norte e austrais no Sul (LiveScience, 24 de junho; Noaa, 25 de outubro; Monthly Notices of the Royal Astronomical Society: Letters, 28 de novembro).
Republicar