As primeiras águas do Rio Amazonas saem de uma nascente no Nevado Mismi, a pouco mais de 5 mil metros de altitude, no sul do Peru. Uma equipe que reuniu pesquisadores de cinco países – Estados Unidos, Polônia, Peru, Canadá e Espanha – chegou a essa conclusão depois de percorrer a região, em expedições realizadas nos últimos dois anos, e de analisar as informações obtidas por meio de GPS (Global Positioning System, sistema de posicionamento global). Há cinco anos, por meio de imagens de satélite, um grupo do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), coordenado por Paulo Roberto Martini, localizou outra origem: a nascente estaria no Pico Quehuicha, a cerca de quatro quilômetros ao sul do Nevado Mismi. Em 1996, geógrafos italianos, russos e peruanos percorreram esse trecho dos Andes peruanos e reiteraram o Quehuicha como o ponto mais alto, mais longo e de maior vazão. À parte as polêmicas, que devem se resolver nos próximos anos, as pesquisas levaram ao livro Amazing Amazon, com estudos científicos, estéticos e filosóficos a respeito do maior rio do mundo. Organizado pelo arquiteto José Wagner Garcia, deve ser lançado no próximo ano.
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