O Museu Nacional (MN) inaugurou em 17 de janeiro sua primeira exposição após o incêndio que destruiu grande parte de seu acervo em 2 de setembro de 2018. As 160 peças da exibição Quando nem tudo era gelo – novas descobertas do continente antártico mostram como é hoje o continente gelado, o cotidiano dos pesquisadores e como era a Antártida 90 milhões de anos atrás, quando estava mais ao norte, tinha clima quente e vasta fauna. Planejada para outubro passado, a exposição foi adiada por causa do incêndio. O evento foi instalado no Centro Cultural Museu Casa da Moeda, no centro do Rio de Janeiro. Das peças exibidas, oito foram resgatadas dos escombros do MN: entre elas há troncos fossilizados de árvores parcialmente recobertos pelo metal do armário em que estavam guardados. Quem visitar a exposição poderá ver a réplica de um iceberg, ferramentas usadas pelos pesquisadores e um crânio de baleia-minke-antártica. Há também fósseis de répteis, pinhas e samambaias coletados por paleontólogos do projeto Paleoantar, vinculado ao Programa Antártico Brasileiro, além de uma reconstituição de plesiossauro, réptil marinho extinto. A exposição vai até 17 de maio. O paleontólogo Alexander Kellner, diretor do MN, busca parceiros para, depois, levar a exibição a outras cidades.“O Museu Nacional continua vivo”, afirmou Kellner.
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