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Tecnociência

Achadas duas novas espécies de macaco

Pródiga em polêmicas e disputas, a Amazônia brasileira produziu mais uma surpresa em junho. Foram descobertas duas novas espécies de macacos sauá, o que eleva para 95 o número de primatas nativos do Brasil, o país com maior diversidade em macacos. Pesando apenas 700 gramas, com 80 centímetros do focinho à cauda, eles receberam os nomes científicos de Callicebus bernhardi e Callicebus stephennashi. O primeiro vive entre a margem leste do rio Madeira e partes mais baixas do rio Aripuanã, ao sul do rio Amazonas. O segundo não se sabe ao certo qual o local em que vive porque foi levado aos pesquisadores por pescadores.

As espécies foram descritas por Marc van Roosmalen, primatologista do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), seu filho Tomas van Roosmalen e Russel Mittermeier, presidente da organização não-governamental Conservation International (CI). Callicebus bernhardi, cujo nome popular é sauá Príncipe Bernhard, é uma homenagem ao príncipe Bernhard dos Países Baixos, naturalista de 91 anos que criou a Ordem da Arca Dourada para reconhecer o trabalho de conservacionistas em todo o mundo. Callicebus stephennashi, por sua vez, homenageia Stephen Nash, ilustrador técnico que contribuiu para a conservação de primatas por meio de seus desenhos em material educativo. Nash trabalha hoje para a CI e na Universidade do Estado de Nova York. Van Roosmalen e Mittermeier já haviam descrito outras quatro espécies de macacos.

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