Em um estudo sobre os hábitos da população de 13 a 17 anos do Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai, os adolescentes brasileiros apresentaram as maiores prevalências de embriaguez (47% dos entrevistados) e as menores de tabagismo. Destacaram-se também pelo menor uso de preservativo na última relação sexual (59%), justificado com a ideia de baixo risco de contrair infecções sexualmente transmissíveis, confiança na parceira e falta de acesso a preservativos, embora sejam distribuídos gratuitamente nas unidades públicas de saúde. Os da Argentina exibiram as maiores taxas de experimentação precoce de bebidas alcoólicas (66% antes dos 14 anos), os do Uruguai, um consumo elevado de bebidas alcoólicas (55%), e os do Paraguai as menores frequências de relação sexual. Nos quatro países, o comportamento sedentário, fator de risco para doenças cardíacas, foi bastante comum, com um máximo de 62% no Uruguai. As conclusões se apoiam na Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar de 2015 e 2019 no Brasil e no Global School-based Student Health Survey (GSHS) de 2017 a 2019 nos outros países. Os autores desse estudo, da Universidade Federal de Minas Gerais, enfatizam a necessidade de promover boas práticas de saúde para prevenir doenças na vida adulta (Saúde em Debate, dezembro).
Saúde pública
Adolescentes, mexam-se
Entrevista: André de Oliveira Werneck
00:00 / 07:10