reproduçãoUm dos fenômenos mais atuais da Aids é o surgimento de uma nova população vulnerável: os idosos. Um dos fatores responsáveis por esse aumento é o desenvolvimento da terapia antirretroviral combinada (Tarv), que tem proporcionado uma melhor qualidade e expectativa de vida do portador de HIV. Entretanto, a Tarv está associada a efeitos adversos como dislipidemia, diabete melito e resistência à insulina, os quais se constituem como fatores de risco para doença cardiovascular. Com o impacto da Tarv no metabolismo glicídico e lipídico, surgiram muitos estudos associando a infecção pelo HIV e a doença cardiovascular, assim como os seus fatores de risco e a utilização da Tarv, porém poucos deles tratam da cardiotoxicidade desta terapia em idosos. O artigo “Alterações metabólicas, terapia antirretroviral e doença cardiovascular em idosos portadores de HIV”, de Andréa Sebben Kramer e Waldomiro Carlos Manfroi, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Alexandre Ramos Lazzarotto, do Hospital das Clínicas de Porto Alegre, e Eduardo Sprinz, do Centro Universitário Feevale, tem o objetivo de revisar as principais alterações metabólicas causadas pelo uso da terapia antirretroviral e o seu impacto no aumento do risco de doenças cardiovasculares nos idosos portadores de HIV.
Arquivos Brasileiros de Cardiologia – vol. 93 – nº 5 – São Paulo – nov. 2009
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