Imprimir PDF Republicar

Difusão

Aula pública

Centro de Óptica e Fotônica desmitifica a física para a comunidade de São Carlos

Há oito anos, geralmente na terceira semana de agosto, os pesquisadores do Grupo de Óptica do Instituto de Física da Universidade de São Paulo (USP), em São Carlos, interrompem suas atividades para cumprir uma programação intensa que inclui aulas, palestras e seminários para milhares de estudantes de ensino médio, superior e de pós-graduação da região. Nesse período, conhecido como Semana de Óptica (Semóptica), o Centro de Pesquisa em Óptica e Fotônica (CePOF), um dos dez Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão (Cepids) financiados pela FAPESP, cumpre uma de suas missões: difundir a ciência para a comunidade. “O evento é divulgado nas escolas e a procura cresce a cada ano”, diz Vanderlei Bagnato, coordenador do CePOF, em São Carlos. O CePOF é formado por pesquisadores dos institutos de física da Universidade de São Paulo (USP), em São Carlos, e da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen).

Em sua oitava edição, realizada entre os dias 19 e 23 de agosto, a Semóptica reuniu algo em torno de 4 mil estudantes. Os alunos puderam optar por aulas sobre diversas áreas da óptica, desde a física da bolha de sabão, passando pela nanotecnologia, até telecomunicações ópticas ou óptica retrativa. “Os cursos que utilizam demonstração com laser e lentes são os mais concorridos”, conta Bagnato.

Em todas as suas edições, a Semóptica é antecedida por uma mostra no shopping center da cidade de São Carlos, onde, além de experimentos dos pesquisadores, também são expostos produtos desenvolvidos por empresas de alta tecnologia da região. A exposição, neste ano, ocupou uma área de 350 metros quadrados e foi visitada por cerca de 7 mil pessoas. “Essa é uma forma de aproximar a universidade da comunidade”, diz Bagnato.

Premiação
A cada dois anos, os alunos do ensino médio são convidados a escrever uma monografia sobre um tema ligado à ciência, com a qual disputam o prêmio Milton Ferreira de Souza, que homenageia um dos decanos do Instituto de Física da USP, idealizador da Fundação Parque de Alta Tecnologia de São Carlos e criador da empresa Opto Eletrônica. No ano passado, os alunos do ensino fundamental escreveram sobre o valor social da ciência e os do ensino médio, sobre as aplicações médicas do laser. Os prêmios – um laboratório de biologia com microscópio, lupas, entre outros equipamentos, patrocinado por quinze empresas locais – vão para a escola de origem dos vencedores.

Neste ano, a Semóptica instituiu o prêmio Reconhecimento Científico e Tecnológico atribuído a uma personalidade com contribuição destacada no desenvolvimento da pesquisa no período. Nesta primeira edição, o prêmio foi conferido ao diretor-científico da FAPESP, José Fernando Perez, pela iniciativa da criação dos Cepids. “A homenagem é à FAPESP, já que esses programas foram concebidos de forma coletiva”, justificou Perez na cerimônia de premiação e inauguração da 8ª Semóptica, na qual estiveram presentes pesquisadores, entre eles o coordenador do CePOF na Unicamp, Hugo Fragnito, e os coordenadores de dois outros Cepids, o de Biotecnologia Molecular Estrutural, Glaucius Oliva, e o de Desenvolvimento de Materiais Cerâmicos, Elson Longo.

Republicar