Já usado na alimentação e na fabricação de móveis, o bambu pode ser uma fonte renovável de energia, por causa do crescimento rápido, de acordo com um estudo da Universidade Húngara de Agricultura e Ciências da Vida. Após pré-tratamento, a lignocelulose, que corresponde a 70% de sua composição, pode ser convertida em etanol, gás, biocarvão e óleo. Uma refinaria em Assam, na Índia, utiliza cerca de 500 mil toneladas (t) de bambu fresco por ano para produzir 4.900 t de etanol. Os resíduos geram eletricidade. O poder calorífico entre as espécies de bambu varia de 18 a 21 quilojoules por grama (kj/g), acima do de outras biomassas, como o bagaço de cana-de-açúcar, 16,60 kj/g. Uma comparação entre 15 espécies revela os contrastes: Bambusa bambos tem até 30 metros (m) de altura e 18 centímetros (cm) de diâmetro e Dendrocalamuposis oldhami 9 m e 8 cm. Na China, um dos maiores produtores mundiais, crescem cerca de 500 espécies, especialmente a variedade mossô, com 73% da área plantada. O Brasil, com uma produção próxima a 150 t por ano, tem 258 espécies. Planta perene, de fácil regeneração, o bambu produz por mais de 30 anos, embora possa ocupar o espaço de outras plantas, reduzindo a diversidade da paisagem (GCB-Bioenergy, maio).
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