Alunos de doutorado da África que têm a oportunidade de obter duplo diploma em parcerias com universidades europeias multiplicam suas chances de publicar mais artigos científicos, diz um estudo publicado na revista PLoS Medicine. A pesquisa também mostra que as colaborações melhoram os procedimentos administrativos das instituições envolvidas. Para chegar a tais conclusões, foi analisado um acordo de cooperação na área da saúde firmado entre a Universidade Makerere, em Uganda, e o Instituto Karolinska, na Suécia. De acordo com o estudo, a parceria permitiu a troca de experiências em colaborações científicas e em procedimentos para facilitar o apoio à pesquisa, além de inspirar mudanças em políticas de saúde em Uganda. Stefan Peterson, professor do Instituto Karolinska e coautor do trabalho, disse ao site SciDev.net que a cooperação não gerou fuga de cérebros, isto é, todos os alunos africanos que estiveram no país europeu retornaram para casa. Em 10 anos, a parceria formou 44 doutores e levou à publicação de mais de 500 artigos científicos – a maioria com um ugandense como primeiro autor.
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