Daniel BuenoA reduzida força de preensão – a capacidade de prender algo com firmeza com as mãos, por exemplo – está ligada a uma menor sobrevida e a um risco maior de infarto, de acordo com um estudo com 140 mil adultos com idade entre 35 e 70 anos em 17 países, incluindo o Brasil (Lancet, 13 de maio). A reduzida força muscular, nesse caso avaliada por meio de um dinamômetro de pressão manual, tem sido associada à morte prematura e deficiências físicas. Até agora os dados se limitavam a países ricos. No mais recente levantamento, no entanto, participaram também pessoas da Índia, Zimbábue e Bangladesh, ao lado de outras do Canadá e da Suécia. Os resultados associaram uma elevação de 16% no risco de morte por qualquer causa e de 17% no risco de morte por infarto a cada 5 quilogramas de declínio na força de preensão. Os autores do estudo, liderado por pesquisadores da Universidade McMaster, Canadá, sugerem que a baixa preensão, por ter se mostrado um forte indicador de risco de morte por problemas cardíacos, poderia ser usada como um teste rápido e de baixo custo para identificar as pessoas mais suscetíveis a infarto.
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