Parceiros no lançamento de satélites de observação da Terra desde 1999, Brasil e China discutem a viabilidade de antecipar a montagem e o lançamento do Cbers-4 (sigla para satélite sino-brasileiro de recursos terrestres), depois do fracasso do lançamento do Cbers-3, no dia 9 de dezembro. O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) gostaria de lançar o novo satélite até o fim de 2014 ou até meados de 2015. No cronograma original, o Cbers-4 deveria entrar em órbita em dezembro de 2015. As datas foram discutidas durante uma reunião do comitê de coordenação do programa Cbers em Pequim, na China, que também debateu as causas da perda do Cbers-3. O satélite foi lançado por um foguete chinês Longa Marcha 4B, do Centro de Lançamentos de Satélites de Taiyuan, China, mas uma falha na terceira e última etapa do lançador impediu que entrasse em órbita. De acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o motor de propulsão do foguete chinês foi desligado 11 segundos antes do previsto e impediu que o satélite atingisse a velocidade mínima para ser mantido em órbita. O Cbers-3 estava equipado com quatro câmeras que iriam coletar imagens da superfície da Terra. O objetivo era monitorar desastres naturais e acompanhar alterações da cobertura vegetal, com aplicação no combate a desmatamentos e queimadas na Amazônia. O Cbers-3 seria o quarto satélite do programa a entrar em órbita e substituiria o Cbers-2B, que encerrou suas atividades em 2010. O programa sino-brasileiro está, desde então, sem satélites para produzir imagens. O governo brasileiro investiu R$ 160 milhões no projeto, segundo o Inpe.
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