Foi inaugurado no Instituto Butantan, em São Paulo, um biotério com capacidade para criar até 3 mil peixes adultos do tipo paulistinha, também conhecido como zebrafish. A espécie tem sido cada vez mais usada como modelo animal em pesquisas científicas, principalmente na área da saúde. A plataforma foi montada no âmbito do Centro de Pesquisa em Toxinas, Resposta-Imune e Sinalização Celular (CeTICS), um dos Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão (Cepid) financiados pela FAPESP. “Nossa ideia é de que o local possa abrigar estudos do CeTICS e de diversos outros grupos”, disse Monica Lopes-Ferreira, coordenadora do biotério de zebrafish. De acordo com o coordenador do CeTICS, Hugo Armelin, a mobilização para criar a estrutura começou há três anos, quando ainda estava vigente o Centro de Toxinologia Aplicada (CAT), projeto aprovado no primeiro edital do programa Cepid e que daria lugar ao CeTICS.“O zebrafish tem sido um dos modelos de genética mais explorados no mundo há mais de duas décadas e aqui no Brasil não há ainda laboratórios fazendo um trabalho realmente competitivo nessa área”, disse Armelin à Agência FAPESP. A proposta é que o peixe comece a ser introduzido em ambientes de pesquisa nos quais atualmente são usados camundongos e ratos.
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