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Medicina tropical

Caça aos barbeiros

www.educhagas.com.arDo ponto de vista epidemiológico são conhecidas mais de 120 espécies de triatomíneos, os insetos conhecidos popularmente como barbeiros. A ocorrência e a positividade de Trypanosoma cruzi em triatomíneos de 16 municípios do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba foram avaliadas de janeiro de 2002 a dezembro de 2004. Os triatomíneos foram capturados seguindo basicamente as normas clássicas da Fundação Nacional de Saúde. Durante o período de estudo foram capturados 990 exemplares, sendo que 771 destes estavam em condições de serem examinados. Cinco espécies foram identificadas: Triatoma sórdida (foto), Panstrongylus diasi, Panstrongylus megistus, Panstrongylus geniculatus e Rhodnius neglectus. O T. sordida representou 71,5% de todos os triatomíneos capturados, seguido por P. megistus (18%), R. neglectus (9,3%), P. diasi (0,8%) e P. geniculatus (0,4%). Dos examinados, 2,7% foram positivos para T. cruzi. P. megistus foi a espécie que apresentou a maior taxa de infecção (8,3%), seguida pelo R. neglectus (2,9%) e T. sordida (1,4%). De acordo com os pesquisadores, há necessidade de se adequar às novas circunstâncias epidemiológicas com ênfase na vigilância entomológica, uma vez que o potencial de adaptação de espécies secundárias de triatomíneos, em áreas onde a doença de Chagas está controlada, é uma preocupação. O trabalho está descrito no artigo “Ocorrência e positividade para Trypanosoma cruzi em triatomíneos de municípios da Região Sudeste do Brasil, de 2002 a 2004”, de Márcia Beatriz Cardoso de Paula, Jean Ezequiel Limongi e Adalberto de Albuquerque Pajuaba Neto, do Centro de Controle de Zoonoses de Uberlândia, Idessânia Nazareth da Costa, Paula de Albuquerque Freitas, Rogério de Melo Costa Pinto, Ana Lúcia Ribeiro Gonçalves e Julia Maria Costa-Cruz, da Universidade Federal de Uberlândia.

Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical – vol. 43 – nº 1 – Uberaba – jan./fev. 2010

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