Já está funcionando de forma definitiva a célula a combustível de maior potência totalmente desenvolvida no Brasil. O equipamento foi projetado e produzido pela empresa Electrocell, que está incubada no Centro Incubador de Empresas Tecnológicas (Cietec) instalado no Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen), na Cidade Universitária, em São Paulo.
Com capacidade de produzir 30 quilowatts (kW) de energia elétrica, ela pode suprir um prédio comercial de três andares. O equipamento é dotado de placas que transformam quimicamente o hidrogênio, acondicionado em cilindros, em eletricidade, de forma silenciosa, deixando como resíduo apenas água limpa e quente. A célula foi financiada pela Eletropaulo, empresa distribuidora de energia elétrica em São Paulo, ao custo de R$ 1,7 milhão (veja reportagem completa em Pesquisa FAPESP nº 92).
Inicialmente o equipamento vai fornecer energia para alguns andares do prédio do Ipen. A inauguração da nova célula (a empresa já havia produzido protótipos menores com financiamento do Programa Inovação Tecnológica em Pequenas Empresas, PIPE, da FAPESP) contou com a presença do ministro da Ciência e Tecnologia (MCT), Eduardo Campos. Na ocasião (em 29 de agosto), o ministro assinou uma portaria que restabelece o Programa Brasileiro de Sistemas Célula a Combustível (Procac), criado em novembro de 2002, mas que ainda não havia decolado.
O programa terá R$ 4,5 milhões para área de recursos humanos e R$ 3,5 milhões para projetos de desenvolvimento tecnológico, equipamentos e manutenção. O Procac tem a coordenação do secretário de Política de Informática e Tecnologia, Francelino Grando, do MCT, e já possui uma rede de 17 instituições de pesquisa.
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