Microplásticos – partículas poliméricas com menos de 5 micrômetros (µm) – que entram na corrente sanguínea, engolfados por células de defesa, principalmente neutrófilos e macrófagos, podem chegar ao cérebro, obstruir vasos sanguíneos e causar alterações neurológicas e comportamentais (ver Pesquisa FAPESP no 347). Pesquisadores da Academia Chinesa de Pesquisa em Ciências Ambientais e da Universidade de Pequim, também na China, conseguiram rastrear o percurso de microplásticos fluorescentes em cérebros de camundongos acordados. As partículas de 5 µm de diâmetro chegaram ao cérebro três horas depois de cinco camundongos as ingerirem, diluídas em água. Em outro estudo, uma equipe da Universidade do Novo México, nos Estados Unidos, examinou amostras de tecidos de 52 corpos humanos que passaram por autópsias em 2016 e 2024. Pessoas mortas há menos tempo tinham mais partículas plásticas do que as que morreram há mais tempo (Science Advances, 22 de janeiro; Nature Medicine, 3 de fevereiro).
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