Capazes de originar diferentes tipos de tecido, as células-tronco vêm se mostrando uma alternativa possível para tratar a insuficiência cardíaca. Testes com 20 pacientes – seis e doze meses após o implante dessas células no coração – revelaram importante melhora na capacidade física, segundo estudo de pesquisadores do Hospital Pró-Cardíaco e da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), publicado na Circulation.
Diante desse resultado e de pesquisas com animais, as equipes de Hans Dohmann, do Pró-Cardíaco, e de Radovan Borojevic e Rosália Mendez-Otero, da UFRJ, iniciaram em agosto o implante experimental de células-tronco no cérebro de pessoas com isquemia, a morte de neurônios por falta de sangue. A primeira paciente foi Maria Pomaceno, de 54 anos.
Sete dias após a cirurgia, imagens da área cerebral afetada mostravam metabolismo onde antes não havia atividade. Não podemos afirmar que a recuperação se deve às células-tronco, mas não dá para imaginar outro fator, diz Dohmann, que deve repetir o procedimento em 14 pacientes. A equipe do Pró-Cardíaco também avaliará a eficácia do implante dessas células no coração de 300 pessoas vítimas de infarto agudo. Pesquisadores do Instituto Nacional de Cardiologia Laranjeiras analisarão o uso dessa técnica na insuficiência cardíaca. No Incor, ela será testada na isquemia crônica do coração.
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